Beyoncé – 4

            Quem comanda o mundo? Definitivamente não é mais quem recebeu o prêmio de ‘Artista do Milênio’ mês passado: Beyoncé Knowles lança mundialmente seu quarto álbum de estúdio ‘4’ essa semana com a promessa de ser o maior (ou melhor, o primeiro) fracasso de vendas de sua carreira.
            O álbum, simplesmente por ser dela, já era certeza de sucesso. Os problemas começaram quando o primeiro single foi lançado, ‘Run The World (Girls)’. A música se encaixa perfeitamento no estilo da Beyoncé, mas no das musicas que fizeram menos sucesso, como ‘Diva’. Uma aposta arriscada, pois tem um ritmo inspirado em músicas africanas e até parece funk brasileiro. Assim, Beyoncé mudou um pouco a sonoridade de seu trabalho, o que causou uma certa estranheza ou mesmo desinteresse no público em geral.
            Se sua persuasão pode construir uma nação, como diz o carro-chefe do cd, pelo menos música a diva deveria conseguir vender. E o que ela conseguiu fazer muito bem no ultimo álbum ‘I Am… Sasha Fierce’, que são as baladas, é o que prevalece neste lançamento. A primeira faixa, ‘1 + 1’, é linda e emocionante, e a partir daí seguem-se mais três músicas no mesmo estilo, uma melhor que a outra, com exceção do segundo single ‘Best Thing I Never Had’, uma tentativa de repetir o sucesso de Irreplaceable com o tema de separação, mas que não tem a emoção e o refrão chiclete desse hit (quem teve a ideia de lançar isso pra salvar as vendas?). O maior problema dessas baladas é que nenhuma tem a força para ficar na cabeça por muito tempo como ‘Halo’ e ‘Broken-Hearted Girl’, por que nenhum delas é muito inspirada ou inovadora. Apesar disso, são quatro músicas deliciosas de se ouvir.
            A partir da faixa 5, as coisas começam a ficar menos emotivas e mais divertidas. A parceria com André 3000 (um dos caras do OutKast, aquela banda de um hit só ‘Hey Ya’) e Kanye West é bem animada, e ao mesmo tempo relaxante: aqui Beyoncé começa a apresentar mudanças em seu som, meio voltado pro lounge. O álbum ganha força de vez com mais quatro baladas, mas que agora são bem mais agitadas, voltadas para aquele amor realizado que todo mundo gosta de ter. As melhores são ‘Star Over’ e ‘Love On Top’, esta a segunda melhor do cd.
            O grande destaque é ‘End Of Time’, a faixa número 10. Ela se assemelha a ‘Run The World’ (o primeiro single e a última faixa do álbum) na sonoridade e nas letras ao resto do trabalho. É a síntese do ‘4’. Depois dela, temos mais uma balada bonita, parecida com as primeiras e por isso claramente deslocada no tracklist, mas que encerra o álbum com classe. E ai Beyoncé se auto afirma como a dominadora do mundo no seu hino feminista e viciante.
            Encalhado nas lojas e humilhado pela imprensa como aconteceu com o meu cd favorito ano passado (o Bionic da Christina Aguilera) ou fazendo sucesso só por sua grande base de fãs, o álbum ‘4’ não deve ser ignorado. É mais do mesmo, só que diferente. Vale a pena comprar e ouvir, mesmo que ele não seja grande coisa. Quem gosta de pop com certeza vai curtir.

2 comentários em “Beyoncé – 4

  • 23 de junho de 2011 a 22:00
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    ai, gabii.. ninguem fala mal da nossa bey ! haha
    uma vez DIVA, sempre DIVA 🙂

    Fefa

  • 28 de junho de 2011 a 13:56
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    Meu querido Gabriel, é a primeira vez que entro para conhecer o seu blog,ammmmeeeeeiiiiiii!!
    Comentários sérios, divertidos, com um "toque certeiro" de quem realmente sabe e entende do assunto que escreve!
    Você esta pronto meu lindo!!
    Fico muito orgulhosa, pois, de uma maneira ou de outra,euzinha ak, faço parte do teu mundo e da tua vida!
    Meu amor por vc será por toda a eternidade!
    Bjs
    Ana Iazzetti

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