Transformers: O Despertar das Feras
Com o diretor Michael Bay presente apenas como produtor, a franquia Transformers testa para ver se ainda há fôlego após cinco filmes e o brilhante spin-off Bumblebee. Em Transformers: O Despertar das Feras, os carros alienígenas ganham versões inspiradas em animais, como o gorila de King Kong e uma águia. A direção é de Steven Caple Jr, responsável pelo filme de boxe Creed II.
Na trama, um sinal milenar é enviado de dentro de um artefato após a a arqueóloga Elena (Dominique Fishback) tentar estudá-lo. Escondido dentro de uma estátua, o objeto é a metade de uma chave que pode representar o retorno para a casa dos transformers escondidos na terra, ou a destruição de todos os mundos, se cair nas mãos erradas. Metido nessa confusão, está o jovem Noah (Anthony Ramos), ex-militar que não consegue um emprego e precisa ajudar a pagar o tratamento médico do irmão.
O novo Transformers acerta ao introduzir os personagens humanos, e criar uma dinâmica divertida entre Noah e o carro Mirage, um alien, digamos, com maior senso de humor. O foco no desenvolvimento dos personagens também é um ponto positivo, pois diminui a sensação de que o longa-metragem é uma sequência infinita de partes de metais se batendo, algo no qual Bay pesava a mão em filmes anteriores. De novo mesmo, está o protagonismo negro e latino no filme, trazendo mais diversidade para a franquia – o que acarreta, por exemplo, em jovens com problemas mais sérios, como pagar o tratamento do irmão caçula em um país sem sistema de saúde gratuito.
Transformers: O Despertar das Feras não é capaz de reinventar a franquia e de dar novo gás a ela, entretanto, funciona dentro do universo da série e também como uma aventura à parte.
Por Gabriel Fabri (@_gabrielfabri)
Jornalista, especializou-se em Cinema, Vídeo e TV pelo Centro Universitário Belas Artes. Colaborou com Revista Preview, Revista Fórum, Em Cartaz e com o livro O Melhor do Terror dos Anos 90 (Editora Skript). É autor de Fora do Comum – Os Melhores Filmes Estranhos e O Pato – Uma Distopia à Brasileira.
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