Tinha Que Ser Ele?
Com uma premissa que já foi muito bem trabalhada em filmes como os da franquia Entrando Numa Fria (com exceção do terceiro da série, é claro), Tinha Que Ser Ele? (Why Him?), de John Hamburg (Quero Ficar com Polly), provoca apenas algumas poucas risadas no público, apesar do carisma de James Franco e Bryan Cranston, que aqui encarnam a velha rivalidade entre futuro sogro e genro.
Após um constrangedor flagra em uma videoconferência, Stephanie (Zoey Deutch) resolve apresentar o seu namorado para os pais. Mesmo já tendo uma visão bastante peculiar da bunda do homem, em um vídeo que mostrava um pouco da personalidade desinibida e brincalhona de Laird (James Franco), a primeira impressão dele pessoalmente consegue ser ainda pior. Exagerado no uso de palavrões e em suas tentativas de agradar, o milionário desenvolvedor de aplicativos se revela uma preocupação para os pais, ainda mais depois que ele revela a Ned (Cranston) que planeja pedir a mão de sua filha em casamento.
Com momentos constrangedores, como quando a mãe (Megan Mullally) resolve que fará sexo com a marido depois de estar chapada ou um trocadilho com a gíria MILF (Abreviação para “mãe que eu gostaria de transar”, em inglês), Tinha Que Ser Ele? tem uma ou outra sacada interessante, mas falha no humor, o que é imperdoável em uma comédia que se propõe a ser escrachada. O filme se apoia muito no exagero da interpretação de Franco e pouco na criatividade de suas piadas. De interessante, há a crítica explícita a uma mania controladora dos homens, com os dois brigando para ver quem sabe o que é melhor para Stephanie, sem perguntar para ela. E uma participação especial curiosa no desfecho.
Por Gabriel Fabri