O Círculo

Na esteira das distopias adolescentes que já foram febre com Jogos Vorazes, O Círculo é uma interessante e bem intencionada ficção científica que traz novas discussões sobre os perigos do futuro e da tecnologia, mas que, ao contrário da franquia estrelada por Jennifer Lawrence, por exemplo, trata do autoritarismo não de um governo ou projeto político, mas de uma empresa privada de tecnologia. Baseado no livro de Dave Eggers, que assina o roteiro com o diretor James Ponsoldt (O Maravilhoso Agora), o longa-metragem levanta questões pertinentes, e ainda funciona como entretenimento.

Na trama, a jovem assistente de telemarketing Mea (Emma Watson) é recrutada para trabalhar em uma empresa de tecnologia chama O Círculo, cuja onipresença na vida das pessoas lembra as gigantes Google e Facebook, dirigida pelo descolado Eamon (Tom Hanks).  É o trabalho dos sonhos, em que a coletividade é valorizada, com festas e o incentivo ao uso das redes sociais. Sem que a personagem, ingênua, perceba, ela é tragada para um mundo sem volta, em que todos estão conectados, e não há mais privacidade, onde tudo virou parte do trabalho e cada experiência, uma informação a ser armazenada e compartilhada.

Da onipresença da tecnologia até a venda diária da privacidade em troca de popularidade e atenção, por um  lado, ou de segurança, por outro, O Círculo questiona os hábitos da nossa sociedade hiper conectada, hiperbolizando as suas contradições. Um exemplo é quando os colegas de trabalho de Mea pedem para que ela use as redes sociais da empresa, forjando ao extremo uma falsa empatia, uma falsa preocupação com o bem-estar do outro, que parece cada vez mais presente no dia-a-dia do mundo das redes sociais, em que todos são tão legais e perfeitinhos online. No filme, vemos essa materialização da falsa vida perfeita online atingir, por meio dos mecanismos de vigilância (logo, de controle), a vida offline – numa mistura que lembra o intrigante Nerve – Um Jogo Sem Regras, mas que expande esse universo ao englobar questões de vigilância que vão além do overposting nas mídias sociais.

Pertinente e envolvente, O Círculo sofre um pouco com a construção de sua protagonista. Ingênua, até certo ponto, a garota mostra como é fácil deixar-se seduzir pelas inovações e benesses da tecnologia, demorando tempo demais para sacar os perigos ali, tão evidentes para o público. Nem o encontro com uma espécie de guru, que a alerta, parece surgir algum efeito na protagonista. Esses tropeços na construção da protagonista fazem sentido para o desfecho simples e um tanto perturbador do longa-metragem, que não a torna propriamente uma heroína – mas falar mais sobre isso seria entregar demais dessa excelente história.

Por Gabriel Fabri

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