A Corte

O Tribunal do Juri já foi retratado em vários filmes e séries. No Brasil, ele existe desde 1822 e julga apenas crimes dolosos contra a vida – em outras palavras, julga homicídios (ou tentativas de), entre outros casos pesados como infanticídio e auxílio a suicídio. Para participar, pessoas comuns são convocadas por cartas e obrigadas a comparecer na data marcada. Entre os 25 jurados, apenas sete são sorteados para compor o juri popular, o responsável pelo veredito que condena ou absolve o réu.

Em A Corte, de Christian Vincent, que integra a programação do Festival Varilux, o público acompanha o julgamento de um homem acusado de matar a filha que tinha apenas sete meses. Entretanto, entre os jurados escolhidos, está Ditte Lorensen-Cotteret (Sidse Babett Knudsen), uma mulher por quem o mal-humorado juiz Michel Racine (Fabrice Luchini) teve um interesse amoroso no passado. Ao longo dos três dias de julgamento, a relação entre os dois será revisitada.

O longa-metragem de Christian Vincent peca por dois motivos: primeiro, falta ousadia no desenrolar do caso escolhido para o tribunal, que é jogado para o segundo plano justamente quando começa a ficar quente. Segundo, porque o romance entre Ditte e Michel não convence – embora retratado com ternura, é pouco crível que um reencontro desse modo, nessas circunstâncias onde há um claro conflito de interesses, aconteça sem grandes conflitos. Quando se pensa que o juiz Racine é visto no tribunal como um verdadeiro doutor House da justiça, essa visão do homem amável fica difícil de engolir – a sensação que fica é de que ele é um homem mal-falado no ambiente de trabalho por motivo nenhum. Um drama sem conflitos é o quê, afinal? A Corte não chega, porém, a ser um romance água com açúcar, pois não há um romance mais contundente, já que o relacionamento entre Ditte e Michel ganha mais peso no roteiro apenas no final do filme e, mesmo assim, aparece como algo simples demais.

No tribunal do juri no Brasil, os jurados são expressamente proibidos de comentarem sobre o caso com qualquer pessoa, e por isso ficam incomunicáveis até o desfecho do julgamento. Nos intervalos, eles podem interagir com os outros juris, mas sem discutir detalhes da ação penal. No longa-metragem, os jurados voltam para as suas casas ao final do dia e usam o celular e saem para almoçar durante os recessos. Tudo isso – em cada país, as regras são diferentes (na França, por exemplo, o juiz também vota) – poderiam ser janelas para trabalhar o relacionamento de Racine e Ditte, e é, mas tão mal aproveitado, por exemplo, que tem como resultado uma cena final superficial e banal – uma sequência que tinha potencial para ser emocionante.  A Corte é um filme cujo potencial foi desperdiçado. É apenas uma sessão do juri qualquer (realmente aleatória, pois não há nada substancial que se ligue com os personagens principais ou com os outros jurados) com um pano de fundo amoroso por trás – um pano de fundo incomum, de fato, mas muito mal aproveitado.

| Gabriel Fabri

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