Eu Sou o Número 4
Hollywood busca desesperadamente uma franquia do nível de Harry Potter, que se encerra esse ano. Já tentaram Eragon, A Bússola de Ouro, Percy Jackson, As Crônicas de Narnia, mas até hoje, ninguém conseguiu chegar perto do sucesso do bruxinho. Enquanto isso, o público se diverte com as histórias ora criativas, ora cativantes, ora divertidas, ora nada disso.
Assim, a expectativa em torno de ‘Eu Sou o Número Quatro’ era gigantesca. Produção de Steven Spielberg, o filme seria dirigido por Michael Bay (diretor dos dois Transformers e A Ilha), mas acabou ficando a cargo do diretor do ótimo Controle Absoluto. Mas ao contrário das outras adaptações literárias, o filme começou a ser filmado antes da publicação do livro, o que é ainda mais arriscado, já que, ao contrário das outras, o filme não tinha um público garantido, nem referencia da qualidade da obra literária.
Nessa aventura adolescente, atores desconhecidos assumem o comando da trama. Nela, o número Quatro do título, usando (na maior parte do filme) o codinome John Smith, descobre que será o próximo a ser morto por seres extraterrestres, quando sente a morte do Número Três, que abre o filme. O menino também é um ser alienígena, e é um dos nove restantes da sua raça. Junto com seu protetor, foge para uma cidade e logo se apaixona por uma menina, entrando em conflitos que estarão presentes durante toda o desenvolvimento da história. Pra piorar, ele logo começa a adquirir poderes especiais e terá que lidar com eles. Tudo isso sob a constante ameça de ser assassinado e sob a vigilância de um suspeito cachorrinho.
Lendo a sinopse assim, parece uma mistura de Homem-Aranha com Arquivo X. E é exatamente isso. Mas não importa muito quantas inspirações em outras histórias se pode encontrar no filme, pois ele se garante em outros aspectos. Primeiro, o diretor sabe muito bem trabalhar com a adolescência, fazendo com que todos os draminhas sejam bem aproveitados e bem interessantes. Segundo, o filme se constrói de forma bem envolvente e cativante, seja com muita ação ou pitadas de humor e romance, sendo impossível não torcer para os mocinhos. Por último, mesmo que o filme termine em aberto pra uma continuação (que provavelmente não vai ocorrer, já que a bilheteria foi abaixo do esperado), ele funciona bem sozinho, esclarecendo tudo sem necessidade de adiar para o próximo filme.
Portanto, ‘Eu sou o Número Quatro’ cumpri o que promete: é divertido, interessante e envolvente, estando a altura dos grandes blockbusters de Hollywood. É um bom filme-pipoca que logo será esquecido, mas que vale a pena assistir. E ainda tem ‘Rolling In The Deep’, da Adele, na trilha sonora, que ao contrário de muitos filmes por ai, melhora e não estraga o filme, como aconteceu com em ‘Homem de Ferro 2’ e outros com trilhas desagradáveis.
Gabriel, vc é o cara!Eu já estava a fim de ver esse filme, agora estou mais a fim ainda.Estou esperando só o meu pé "colar"!rsrs bjão
Gabriel,
É muito legal ler um comentário de filme que, ao mesmo tempo, é simples e rico em seu conteúdo. Com a sua dinâmica de escrita, você incita o leitor o desejo de assistir ao filme. Parabéns pela versatilidade com que você escreve os textos. É emocionante o orgulho que tenho de ver um jovem esbanjando talento nos comentários que faz, demonstrando maturidade, desenvoltura e concatenação de ideias. Parabéns!!!