Os Descendentes
Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Drama e um dos mais prestigiados filmes da safra do Oscar 2012 é esse novo trabalho de Alexander Payne (Sydeways – Entre Umas e Outras). Com cinco indicações importantes, Os Descendentes (The Decendent) é uma história simples e cativante, mas que se destaca apenas pela atuação perfeita de George Clooney (Tudo Pelo Poder).
A trama é baseada no livro homônimo de Kaui Hart Hemmings e conta a história de um homem, Matt King (Clooney), que dá mais atenção para o trabalho do que para sua própria família. Sua filha mais velha é problemática e a menor parece ter tendências a seguir o mesmo tipo de comportamento. Tudo muda, inclusive esse personagem, que se torna disposto a melhorar, quando sua esposa sofre um acidente e entra em coma. Agora, Matt tem que lidar com as consequências de seu distanciamento em relação às filhas e ao casamento e da tragédia sofrida por sua mulher Elizabeth. É hora dos três se juntarem e formarem uma família de verdade. Entretanto, o passado da senhora King esconde segredos com que Matt deverá se confrontar.
A obra surpreende por dois detalhes: a louvável postura que Matt adquire durante o desenrolar dos fatos e a interpretação de Clooney na pele de um pai que tenta de tudo para recuperar sua família e, nesse processo, a si mesmo. O ator, que venceu o Globo de Ouro pelo papel, leva com naturalidade e muita convicção um personagem confuso, que oscila entre o solitário e o pai de família, entre o marido dedicado e o ausente. Matt passará por momentos difíceis e Clooney convence em sua pele de uma maneira tão terna, mesmo que por vezes introvertida, que é difícil não se envolver com seus dramas e emoções.
O clima paradisíaco do Hawai combina com a sutileza com que os dramas humanos são tratados na trama. É um filme carregado de situações difícies, mas que os personagens, assim como o público, conseguem encarar como apenas momentos ruins da vida. É um sofrimento gostoso de se assistir, talvez por mostrar que temos a força de continuar, de seguir em frente, e que pode ser bom, por mais difícil que seja. Talvez por isso, em meio a tanto drama, emoções são provocadas apenas no desfecho, muito bom por sinal. O filme é um eufemismo, e dos mais elegantes.
Tudo isso resulta numa excelente película, mas que passaria despercebida se não fosse pelo talento e popularidade de Clooney. Seu favoritismo ao Oscar, entre quem não acredita na vitória de O Artista, indica apenas que esse ano foi fraco em lançamentos. Um bom filme, mas nada muito excepcional.
Sinceramente? Não achei um bom filme. Bem morno, bem mediano. É uma bela crônica familiar, mas parou por aí no meu conceito, pra mim não merece ganhar por melhor filme. Clooney está maravilhoso, mas não achei "a melhor atuação da carreira", como muitos estão falando. Gostei mais da atuação das filhas.
Adorei sua resenha, Fabri! 🙂 E o filme também… hihi
ameiiii a critica! e tem toda razao; o filme nao seria nada demais se nao fosse pela atuacao do george clooney