Quatro Amigas e Um Casamento
O cenário é a despedida de solteiro. Os personagens, um noivo certinho e amigos que querem fazer da véspera do casamento uma noite inesquecível (ou não). O que move a trama, o objetivo de chegar no momento do casamento com tudo resolvido. Pense num filme. Pensou Se Beber, Não Case? Acertou também. A situação em Quatro Amigas e Um Casamento é semelhante, agora com mini-saia e salto alto.
Tudo na trama lembra o citado ganhador do Globo de Ouro de melhor comédia, em 2010. Trocaram o sumiço do noivo pelo vestido rasgado. A diferença é que o trio de amigas da noiva, composto por Regan (Kirsten Dunst), Katie (Isla Fisher) e Gena (Lizzy Caplan), não está de ressaca, e sim sob efeitos de drogas lícitas e ilícitas. As três amigas fazem o estereótipo de “garota popular do colégio”, enquanto a noiva interpretada por Rebel Wilson, no papel estereotipado oposto, é a primeira do quarteto a se casar – e, pelo visto, a única aparentemente feliz.
Em termos de enredo, o filme é previsível, como a maioria das comédias americanas. A “versão feminina de Se beber, não case” já tinha outro representante, a comédia Missão Madrinha de Casamento. Claramente tentando colar na fórmula desses dois blockbusters americanos, Quatro Amigas também usa e abusa de piadas de sexo e humor escatológico, se juntando a essa marola de longas de humor para adultos que vem agitando Hollywood.
O filme se salva por dois motivos: o primeiro são as atrizes, principalmente Lizzy Caplan, no papel que rouba a cena de Kirsten Dunst, premiada com a Palma de Ouro ano passado por Melancolia. Por último, e o mais importante: o roteiro e a direção costuram um filme envolvente e dinâmico, com alguns momentos absurdamente engraçados.
Sem nada de novo, Quatro Amigas e Um Casamento não é um filme ruim. Apenas um entretenimento que não tenta ser nada, além disso.