Rihanna – ANTi
Uma das cantoras mais influentes da atualidade, Rihanna lançou gratuitamente o seu novo álbum ANTi após uma longa novela. Acostumada a lançar um álbum novo por ano (período de 2009 a 2012), e por eles colecionar hit atrás de hit, a cantora de Barbados lançou seu novo CD após um hiato de mais de três anos – e um ano após lançar a sua parceria com Kanye West e Paul McCartney, “FourFiveSeconds”, que atiçou as curiosidades para o novo álbum.
Outros destaques do CD são “Kiss It Better” e “Love On The Brain“. A primeira é a única faixa pop do álbum e melhora a cada audição – tem um refrão sexy (em contraste com as outras estrofes, mais fortes) e uma presença suave de guitarra, que dá um charme a mais para a música. Já a outra é uma canção que lembra as divas do jazz, aproximando Rihanna do estilo da Lana Del Rey. Bela e melancólica, é uma balada bem diferente das que a cantora está acostumada a fazer. Muito provavelmente, uma dessas duas canções serão as escolhidas para o próximo single do álbum. São as que têm potencial.
O resto do álbum, entretanto, não tem brilho. São três interludes desnecessários, um cover sonolento (a canção “Same Ol’ Mistakes” é uma regravação de “New Person, Same Old Mistakes” da banda australiana Tame Impala) e uma série de canções esquecíveis. Das músicas restantes, só se salva a deliciosa “Never Ending“, balada com pegada meio indie.
ANTi é o álbum mais experimental de Rihanna e é louvável que a cantora queira se arriscar mais do que o normal – abrindo mão de canções escritas por Sia e Charlie XCX, produzidas por Ne-Yo, Kanye West ou Calvin Harris, por exemplo. Talvez ela conquiste até novos fãs com o novo trabalho, entretanto, Rihanna ficou underground demais nesse CD. Aconteceu o que se temia: as músicas mais legais de ANTi estão em This Is Acting, da Sia (“Cheap Thrlls” e “Reaper”). É, era melhor ter continuado com as parcerias que davam certo.
| Gabriel Fabri
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