Tempestade: Planeta em Fúria
Diante da ameaça do Aquecimento Global, o filme-catástrofe Tempestade: Planeta em Fúria, de Dean Devlin, fantasia uma solução que acabaria com todos os desastres naturais do planeta: um conjunto de milhares de satélites ao redor do globo para controlar o clima de todos os países, em uma cooperação global coordenada pelos EUA. A ideia deu certo até o momento em que o sistema começa a falhar – e, suspeita-se que propositalmente – colocando o planeta em risco de uma tempestade em escala global.
O público acompanha o engenheiro Jake (Gerard Butler), criador do sistema, mas que foi afastado pelo comportamento impulsivo e sua personalidade forte, que peitava as autoridades do governo norte-americano. Seu irmão, Max (Jim Sturgess), assume a coordenação do projeto, mas, diante das falhas, precisa mandar o irmão para o satélite base da operação. Mesmo com a distância, os dois terão que trabalhar juntos para evitar a catástrofe, com a ajuda da agente Sarah (Abbie Cornish), do Serviço Secreto. Andy Garcia integra o elenco no papel do Presidente dos Estados Unidos.
O longa-metragem acerta em deixar a catástrofe em segundo plano – as cenas de destruição são genéricas e chegam lá para o final do filme, o que deve decepcionar o público que pagou por ingressos em 3D, tecnologia usada sem a menor necessidade. O filme foca nos personagens e no desenvolvimento da trama, que coloca funcionários comuns do governo tentando salvar o mundo sem saber em quem confiar. O resultado disso é uma experiência envolvente e divertida, apesar dos clichês e de algumas incongruências que abalam a verossimilhança da trama, principalmente em relação às motivações de alguns personagens. Nada além de um passatempo esquecível, porém.
Por Gabriel Fabri