Pearl

Continuação de X – A Marca da Morte, Pearl surpreende com atuação de Mia Goth

Apelando para a nostalgia dos fãs de horror com uma atmosfera anos 70 e 80 e uma ambientação rural que lembra O Massacre da Serra Elétrica, o diretor Ti West chamou atenção com o neoslasher X – A Marca da Morte. Pearl, também estrelado por Mia Goth, é o segundo filme da trilogia que deve ser encerrada por MaXXine, e representa mais um êxito da produtora independente A24 no gênero, já uma referência consolidada no horror.

No primeiro filme, Mia Goth interpreta uma atriz que viaja com o elenco para uma casa alugada nos rincões dos Estados Unidos rural para gravar um filme pornográfico. A dona da Fazenda é uma senhora chamada Pearl, que sente falta de fazer amor com o seu marido, o velho Howard, e um misto de ciúmes, euforia e moralismo com relação ao elenco de jovens atores pornôs. Assim como em Sexta-Feira 13 a revelação do assassino foge do senso comum, aqui Pearl não demora para mostrar sua verdadeira face.

No segundo filme da trilogia, Mia Goth assume o papel da senhora quando adolescente, mostrando a sua origem como assassina. Histórias de origens são comuns em franquias de horror de sucesso (De O Exorcista a Hannibal, os exemplos são muitos), especialmente após certo esgotamento das histórias, mas Pearl apresenta o horror em sua forma mais criativa, metalinguística e divertida. Um exemplo é já na sua introdução, com a quebra de expectativa quanto à personagem e sua relação “amável” com os animais, com uma fotografia que lembra os filmes gravados em Technicolor.

Embora se passe ainda durante a I Guerra, é impossível assistir a Pearl sem pensar em A Noviça Rebelde, musical dos anos 1960 ambientado nos anos 1930. Ela é aquela jovem pacata da roça, que sonha com a cidade grande, dançando de maneira inocente. Há todo um melodrama por trás de Pearl, que é subvertido como nos filmes de Lars von Trier. Nessa mistura de horror e melodrama, a protagonista é dúbia, não há uma construção maniqueísta por trás, como na obra de Trier a partir de Dogville. Pearl é acossada por forças externas que a oprimem, simbolizada pelas regras e pela rigidez da mãe, mas sua inocência é quebrada justamente quando ela se enxerga naquela que acredita ser sua algoz – sua mãe também é uma vítima, afinal.

A construção da origem de Pearl, calcada no melodrama, é irrigada por sangue e violência como era de se esperar para justificar os atos do primeiro filme. Entretanto, Pearl desfaz a construção da personagem como a senhora senil e sanguinária de X, colocando-a em um polo oposto ao da mãe de Jason em Sexta-Feira 13, por exemplo. Goth, inclusive, tem uma atuação memorável em um momento de acting out, de extravasar, digna de um prêmio. Só por ela já valeria a menção a Pearl como um dos exemplares do gênero mais impactantes da safra recente.

Por Gabriel Fabri (@_gabrielfabri)
Jornalista, especializou-se em Cinema, Vídeo e TV pelo Centro Universitário Belas Artes. Colaborou com Revista PreviewRevista FórumEm Cartaz e com o livro O Melhor do Terror dos Anos 90 (Editora Skript). É autor de Fora do Comum – Os Melhores Filmes Estranhos e O Pato – Uma Distopia à Brasileira.
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