Cinderela Pop – Crítica

Quando assistimos a filmes como O Regresso (2015), La la land (2016) e A Forma da Água (2017) percebemos um esforço absurdo dos realizadores em adicionar elementos que mostrem de maneira clara que suas obras são obras primas. Porém quando pensamos no longa Cinderela Pop (2019), percebemos uma produção interessada em fazer exatamente o oposto.

Dirigido por Bruno Garotti, o filme é uma adaptação do livro homônimo de Paula Pimenta, que faz uma atualização do conto de fadas Cinderela. Ao invés de príncipes, carruagens e valsas, a história é composta por artistas pop, aplicativos de celular e música eletrônica.

A nossa Cinderela é Cintia (Maísa Silva), uma adolescente de família rica que vê o casamento dos seus pais desmoronar após uma traição. Acontecimento que faz com que a jovem vá morar, acompanhada pela mãe Ana (Miriam Freeland), na casa da tia Helena (Elisa Pinheiro) enquanto, paralelamente, o seu pai Cesar (Marcello Vale) se casa com a maquiavélica Patrícia (Fernanda Paes Leme), nossa vilã.

Algumas pessoas estão sempre a clamar por novas narrativas, com abordagens e enredos criativos, capazes de mudar os gloriosos paradigmas da Sétima Arte. Essas pessoas certamente torceriam o nariz para mais uma adaptação do velho conto de fadas. Mas, na verdade, uma velha história sob um novo olhar e com uma boa execução é muito válida. No caso de Cinderela Pop, a má execução acaba cegando o novo olhar.

Os problemas começam logo nos primeiros segundos do filme, que se dão em uma festa embalada por uma música eletrônica melosa e fotografada de uma maneira que lembra uma peça do acervo do Shutterstock. A festa se encerra com um clichê, pois logo se revela um sonho de Cíntia, que sonha em ser DJ, e é acordada pela megera Patrícia. O longa então começa a se enrolar ainda mais, pois começamos a entrar em contato com os personagens, que são tratados de maneira tão rasa que conseguem se transformar em caricaturas ambulantes.

A tia Helena, por exemplo, concebida para tirar gargalhadas do espectador declamando poesias ruins e com dificuldade de se relacionar, acaba gerando vergonha alheia. Em alguns momentos, por se tornar sátira tosca da mulher intelectualizada, chega a dar um tom sexista ao filme. O pai Cesar, por outro lado, é um clichê ambulante, representado o homem rico, conservador que é, ao mesmo tempo, ausente e controlador.

O problema se torna ainda mais grave, pois a superficialidade acaba contaminando também os personagens centrais: a protagonista, o interesse amoroso e a vilã. Maisa está bem à vontade, porém parece se confundir entre as funções de apresentadora e atriz, o que acaba comprometendo o filme, já que Cintia está em praticamente todas as cenas. Já Filipe Bragança, que interpreta o príncipe cantor de YouTube Freddy Prince, demonstra talento como ator, porém seu papel é um retrato tão bobo do jovem romântico que acaba por apagar os seus esforços. Por fim, Fernanda Paes Leme faz um arquétipo perfeito da vilã de novela infantil, com todas as expressões corporais, figurino e bordões necessários, mas sem profundidade alguma.

A debilidade de construção de personagens também acaba servindo negativamente ao roteiro: sabe quando um personagem apresenta uma burrice absurda para a história continuar avançando? Acontece aqui!

Logicamente, com todos esses problemas, a direção deveria se esforçar ao máximo para valorizar a narrativa; coisa que também não acontece. O longa tem cenas com marcações e enquadramentos tão genéricos que chegam a dar dó.

Por fim, é necessária uma ponderação: paralelamente à análise do filme em si, devemos também compreender o público a quem ele se destina. Cinderela Pop, apesar de uma ou outra piadinha de duplo sentido para agradar os pais, é claramente destinado à criançada, e para esse público provavelmente funciona muito bem.

Então, se você está de bobeira em casa com os pequenos e está procurando um passeio para toda a família, uma ida ao cinema para ver a ídolo adolescente Maísa na telona pode funcionar muito bem!

Por Caio Ramos Shimizu

Confira o trailer de Cinderela Pop clicando aqui.

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