El Camino: A Breaking Bad Movie – Crítica
El Camino, filme da série Breaking Bad, chega à Netflix
Já foi dito e percebido: franquias não morrem! Se a saga em questão for uma das séries mais populares e respeitadas, tanto pelo publico quanto pela crítica, da cultura pop recente, então a longevidade é certa.
Breaking Bad não nos apresentou apenas o professor de química que, após a descoberta de um câncer, começa a fabricar drogas e se torna um dos maiores traficantes do mundo. Conhecemos também o implacável “faz tudo” Mike e o carismático advogado Saul Goodman; os dois ganharam uma série só para eles: Better Call Saul, que nos apresenta suas tragetórias até os fatos que aconteceram em torno do protagonista Walter White. No entanto, um personagem tão icônico quanto o químico da metanfetamina; o desequilibrado Jesse Pinkman talvez estivesse carente de uma história; ganhou um longa metragem.
Produção original Netflix, El Camino é escrito e dirigido por Vince Gilligan – a mente por traz de Breaking Bad – e se inicia logo após o desfecho da série.
Muitos podem, e com razão, torcer o nariz para esse filme, já que ele destroi o mistério em torno do final de Pinkman, dando um desfecho além da fuga de seu cativeiro. Porém, o que determina se uma obra é necessária ou não é a sua qualidade. Dessa forma, o longa tem méritos que justificam a sua existência.
É claro que filme é extremamente dependente da afinidade e conhecimento que os fãs da série tem pelo personagem. Aliás, boa parte das possibilidades bebem em acontecimentos contemporâneos a Breaking Bad, porém que não nos foram apresentados naquele período. Diálogos, lições de moral e segredos revelados a Pinkman justificam suas motivações e dão movimento à narrativa. É claro que a princípio isso pode ser visto como um recurso fácil e preguiçoso, porém não creio que houvessem outras possibilidades e, dentro delas, o roteiro é muito bem escrito e as situações que ele desenvolve conseguem empolgar, gerar tensão.
Se o longa é recheado de fan-services, sendo destinado ao público cativo daquele universo, esse mesmo público deverá relevar certos aspectos. Por exemplo, o fato dos personagens estarem mais velhos e com aparência física bem diferente do que deveriam estar na época dos acontecimentos mostrados pode atrapalhar a experiência de certos fãs mais implicantes.
El Camino pode ser visto com má ou boa vontade: aqueles com olhares mais duros verão uma obra oportunista, que se utiliza de um universo com uma legião de estusiastas sem precisar de grandes esforços indivduais para se fazer ser vista. Porém os mais benévolos assistirão um presente aos fãs, que nos mostra o desfecho de um dos personagenes mais queridos da televisão recente, um filme que, mesmo não sendo uma obra prima, vale a pena ser visto pelas situações que cria e diversão que proporciona.
Por Caio Shimizu
Confira o trailer de El Camino:
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