A Princesa Encantada – O Casamento Real – Crítica
A Princesa Encantada – O Casamento Real traz princesa asiática em 10º filme da franquia
Na expectativa de Mulan, live action da animação da Disney que estrearia nos cinemas em 2020, mas que segue sem previsão no Brasil por conta da pandemia (nos EUA, chegará para aluguel premium na plataforma Disney +), a franquia A Princesa Encantada apresenta, em seu décimo longa-metragem, também uma princesa asiática, Mei Li. O longa-metragem acaba de chegar para aluguel e compra nas plataformas digitais.
Em A Princesa Encantada – O Casamento Real, a “princesa cisne”, Odette, viaja para tentar convencer o pai de Mei Li, um poderoso imperador, a aprovar o casamento de sua filha – no passado, ele havia transformado o noivo em um dragão, mas o feitiço foi quebrado, e agora Mei Li quer se casar com o amado. Entretanto, a feiticeira do reino quer se casar com o pretendente também, e, para isso, rouba a identidade de Mei Li, transformando-a em uma senhora idosa.
O Casamento Real soa um pouco antiquado por retratar o casamento como o grande sonho de uma garota e ainda partir da premissa de que, para tal, ela precisaria de alguma aprovação do pai. Mesmo sendo uma história ambientada em um lugar remoto do passado, retratando uma tradição, o filme poderia discutir com as crianças um pouco mais tal assunto: depois de aprovar a transformação do homem em um dragão, condenando-o, o pai simplesmente mudou da água para o vinho e agora apoia o casamento, por exemplo. Nada se fala sobre as consequências de ele ter condenado o homem e a relação. E por quê a princesa precisaria da aprovação do homem que tentou sabotar o seu grande amor, para início de conversa? Para fazer as pazes, basta sumir e retornar?
Fang, como de praxe em produções infantis, é uma vilã caricata, mas não fica claro por que ela se interessou pelo noivo da outra, para início de conversa. Não fica claro também porque a própria noiva se interessou: afinal, o homem não consegue notar a menor diferença de personalidade entre a mulher que ama e a feiticeira do mal que se passa por ela, e nunca suspeita de que ela está diferente. Que amor verdadeiro é esse?
A Princesa Encantada – O Casamento Real cumpre a função de entreter as crianças, aproximando-as de uma cultura oriental e trazendo mais diversidade étnica para as animações. Afinal, são poucas oportunidades nas quais as crianças têm contato com a cultura asiática, como, para citar grandes produções, em Mulan ou Kung Fu Panda.
Por Gabriel Fabri
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