La La Land: Cantando Estações

Recriando a atmosfera dos grandes musicais hollywoodianos, nos anos 1940 e 1950, La La Land: Cantando Estações tornou-se um fenômeno nas premiações esse ano (é o filme recordista de prêmios do Globo de Ouro). Ao fazer uma despojada homenagem a Era de Ouro dos grandes estúdios, um tributo não só ao cinema mas, principalmente, a Los Angeles, a chamada “Cidade dos Sonhos” (como o pertinente título brasileiro do filme de David Lynch), o filme dirigido por Damien Chazelle (Whiplash) se destaca por recriar com precisão a ideia de um cinema ingênuo onde tudo é possível e os sonhos podem se tornar realidade – para, em seus momentos finais, lembrar o público de que a vida não é um musical de Hollywood.

Divido por estações do ano, o que ressalta o caráter onírico da “cidade dos anjos”, uma vez que parece ser verão o ano todo, La La Land faz uma ode a Los Angeles, e não perde uma oportunidade de mostrar como essa cidade pode ser encantadora. É o lugar ideal para um romance à lá Hollywood, protagonizado aqui pela garçonete e aspirante a atriz Mia (Emma Stone) e pelo fã de jazz e pianista Sebastian (Ryan Gosling). Juntos, eles vivem uma história de amor e parecem ser perfeitos um para o outro. Mas ambos tem os seus sonhos para seguir – afinal, todos vão a Hollywood carregando uma grande ambição. O elenco conta também com John Legend e J. K. Simmons.

La La Land seria apenas um musical saudosista e bonitinho se não fosse o seu final sutilmente irônico e melancólico. Construído todo como um feel good movie, daqueles para sair com sorriso no rosto após a sessão, o longa-metragem faz questão de acordar o público do sonho, antes mesmo dos créditos finais subirem. Numa espécie de subversão dos musicais tradicionais, ao negar uma das principais convenções não só do gênero como do cinema americano como um todo, Chazelle leva La La Land para um novo patamar: ao mostrar o que poderia ter sido e o que não foi, o filme põe em cheque os sonhos dos protagonistas.

Mesmo com o seu saudosismo, La La Land mostra que não é mais possível sonhar de maneira tão ingênua como o cinema fazia há meio século atrás. Coloca os sonhos em conflito com os relacionamentos, e deixa a reflexão, até que ponto vale a pena abrir mão de um pelo outro? Mostra, ainda, um vazio proporcionado pelo sucesso. Assim, a cena em que a personagem de Emma Stone canta em sua audição a frase Here’s to the Fools Who Dream (algo como “um brinde aos tolos que sonham”) parece ser a essência desse surpreendente filme. Ao homenagear o cinema americano, La La Land põe em dúvida o seu maior pilar: o sonho, e, por consequência, a cidade que o representa.

| Gabriel Fabri

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