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Entrevista: Virgens Acorrentadas tira sarro dos chamados “torture porns” - Pop with Popcorn

Entrevista: Virgens Acorrentadas tira sarro dos chamados “torture porns”

Diretor de produções independentes como Nervo Craniano Zero e Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos, o curitibano Paulo Biscaia Filho estreia a sua primeira produção internacional: Virgens Acorrentadas (Virgin Cheerleaders in Chains), que chega aos cinemas brasileiros no dia 9 de agosto. O longa-metragem faz uma sátira às produções conhecidas como torture porns, que têm como elemento central a violência explícita e a tortura e se popularizou com a franquia Jogos Mortais.

Na história, um grupo de jovens resolve produzir, amadoramente, um longa-metragem de horror. Entretanto, acabam se envolvendo com assassinos psicopatas de verdade durante as filmagens.

Em entrevista exclusiva, o diretor fala sobre a influência do clássico O Massacre da Serra Elétrica na construção dos vilões, o papel do masculino e do feminino no filme e o uso da metalinguagem no roteiro.

Confira a entrevista completa:      

Virgens Acorrentadas - foto nika braun - vcnc still-3_preview

Pop with Popcorn – Que reflexão sobre as entranhas da produção de um filme de horror Virgens Acorrentadas provoca? Pensando também no uso da metalinguagem especialmente…

Paulo Biscaia Filho – Quando fui convidado para dirigir o filme pelo Gary McClain Gannaway, perguntei o que ele queria com esse projeto. Ele falou, em um primeiro momento brincando, que queria causar no espectador a impressão de “ops, enganei vocês”. Falar justamente sobre esse jogo, o pacto, que o cinema faz de enganar o público. Esse pacto saudável de enganação da ficção e, também, de como nós aprendemos sobre nós mesmos quando a gente se projeta em uma história que não existe, em uma situação que a gente não precisa passar na vida real, de horror, com assassinos, psicopatas e tudo o mais. 

 

O título remete a um estereótipo do filme de terror, de colocar como vítima as mulheres jovens e colocar em evidência o corpo idealizado delas. Mas vemos que o longa segue por outro caminho, e temos, ao invés da loira burra que é a primeira a morrer, uma stripper empoderada, por exemplo. Pensando nesse aspecto, você vê o filme como uma crítica aos ou subversão dos filmes de horror do passado, em especial aos slashers? Por quê?

Eu gosto de pensar não nos slashers especificamente, mas nos torture porns. Assim como o Pânico fez nos anos 1990 com os slashers dos anos 1980 e 1970, o Virgens Acorrentadas usa um título de exploitation, que eram super apelativos, mas para tirar um pouco de sarro do torture porn, como O Albergue e Jogos Mortais. No filme, a gente tem a cena da armadilha de urso, por exemplo. Ela está gratuitamente colocada em um lugar em que o personagem fala: que porra que uma armadilha de urso está fazendo aqui?

E acho que, pensando na questão de gênero, o roteiro não dá impressão de que o herói é o personagem principal, o Shane (Kelsey Pribilski). Ao longo do filme, percebemos que ele é a donzela em perigo, e não a mocinha (Elizabeth Maxwell). Ele é a donzela que precisa ser salva.

 

Inclusive ele é o personagem burro também, porque ele está lá no computador sem perceber nada, e todo mundo morrendo ao redor dele.

Exatamente, ele é um loser completo. Naquele momento ali ele fica só no impasse da criação de seu roteiro e não vai para a luta. E, de repente, ele está completamente sozinho, que é uma outra cena que eu adoro, justamente porque ele não sabia o que significava aquilo no contexto do filme, que ele está sozinho na escada, e todo mundo sumiu. Ele está parado ali enquanto os outros estão vivendo ou morrendo.

Virgens Acorrentadas - ator Larry Jack Dotson - foto Nika Braun

Os personagens falam durante uma entrevista que gostaria de quebrar o máximo de regras possíveis na produção do filme. Você também tinha esse desejo com esse projeto? Por quê?

Eu xinguei muito o Gary por causa de regras que ele deliberadamente quis quebrar ao escrever o roteiro e assumir a produção. Do tipo: não tenha muitos personagens e nem muitos em uma mesma cena. Para cumprir dentro do cronograma e ainda fazer aquela cena do jantar, com 12 pessoas e dois cachorros, é um caos! Outra: não ter muitas locações, vários ambientes diferentes, e a gente só tinha verba para rodar o filme em três semanas. Foi muito apertado! Mas o fato de estar quebrando as regras foi um propulsor também, era um elemento desafiador para a gente conseguir fazer.

 

Como você pensou na construção dos vilões do filme? Que características eram mais importantes para esses personagens, além de serem psicopatas? (Risos)

Bom, os vilões são uma citação direta aos de outro filme feito no mesmo Estado onde se passa a história desse, o Texas. É O Massacre da Serra Elétrica (1974), de Tobe Hopper, que tem aquela família de psicopatas. Essa é uma referência direta e que a gente não se preocupa nem mesmo em querer contar a história deles. Isso é uma coisa que Hollywood faz e sempre estraga os filmes de terror, que é querer contar a origem. Deixamos para a plateia imaginar como é que eles chegaram naquele ponto. Gosto muito também da questão da motivação quase vazia, que é uma lógica de monstro, não há uma motivação clara. A gente evita o excesso de explicações, não precisa ficar contando eternamente que o Batman era o Bruce Wayne e viu os pais morrerem no assalto… Acaba sendo mais interessante, nesse caso, por que se esses vilões não têm um passado ou motivação clara, assim eles têm uma força da natureza, podem tudo!  

Virgens Acorrentadas - foto nika braun - vcnc still-75_preview

Você já fez peças de teatro grand guignol, que são encenações bastante sangrentas. No filme, os personagens comentam que queriam usar pouco sangue em cena. Qual a importância do sangue pra você no contexto do filme?    

Vou te responder com uma frase do Godard: o sangue no cinema não é sangue, é vermelho. É um signo. Mas o sangue, no gore, tem a função de pegar o público, de atrair o espectador sensorialmente – é quase como uma pornografia de horror. E, muitas vezes, dentro da lógica do exploitation, as coisas acontecem em um exagero grandiloquente, seja com tesoura no pescoço, ou armadilha de urso, uma cabeça rolando, e tudo mais, que é um dos apelos do chamado torture porn. Começa lá atrás com o Jason, elaborando as formas e fetiches de morte, e o público fica atraído por isso. É uma tradição farta do cinema.     

Por Gabriel Fabri

Assista ao trailer de Virgens Acorrentadas clicando aqui.

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