Como Treinar o Seu Dragão 3 – Crítica
Uma das franquias de animação mais originais dos últimos anos, a saga do viking Soluço e do dragão Banguela chega ao fim em Como Treinar o Seu Dragão 3. Com direção e roteiro de Dean DeBlois, o longa-metragem fala sobre a separação e a importância de deixar o outro trilhar o próprio caminho.
Um ano após o desfecho do segundo filme, Soluço agora é o líder da sua aldeia, na qual dragões e humanos convivem em harmonia. Um temido assassino de dragões, entretanto, planeja um ataque a Berk, com o intuito de matar Banguela. Para isso, ele solta como isca um Fúria da Noite fêmea, pela qual o dragão se interessa.
O grande diferencial do filme é a inclusão do interesse romântico de Banguela, apelidada de Fúria da Luz. Ver o dragão apaixonado rende alguns dos melhores momentos da animação e é também o estopim para a reflexão do longa-metragem. Como um pai que precisa deixar o filho criar asas sozinho, Soluço se vê diante do fato de que, talvez, o lugar ideal de Banguela não seja com ele. A lição é para todos e não só para os pais das crianças: todos precisamos em algum momento da vida dizer adeus a algo que amamos – e para isso, às vezes, é preciso tomar a iniciativa, de reconhecer e compreender que o ideal para si não é o mesmo para o outro.
O vilão caricato e a premissa fraca não ajudam Como Treinar o Seu Dragão 3, mas o filme consegue entreter, apesar de não ter toda a força e intensidade do segundo filme, e ainda trazer uma reflexão diferente e importante. Mesmo aquém do anterior, o desfecho da trilogia é digno.
Por Gabriel Fabri
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