A Sereia: Lago dos Mortos – Crítica
Uma das criaturas mitológicas mais presentes no imaginário atual, a sereia representou, ao longo dos anos, os perigos do mar. Em muitas das versões, são criaturas que seduzem os homens até se afogarem – inclusive, na cultura russa, onde são chamadas de rusalkas e representam donzelas afogadas, sem a cauda de peixe. É com base nesse mito que o terror russo A Sereia: Lago dos Mortos, de Svyatoslav Podgaevskiy, desenvolve a sua história.
Durante sua despedida de solteiro, o jovem Roman (Efim Petrunin) resolve dar um mergulho no lago ao lado de uma casa de veraneio da família, não usada há 20 anos. Lá, é seduzido pela aparição de uma atraente mulher. Ao retornar para o casamento, ele começa a ter estranhas visões envolvendo a sereia, que passa a perseguir também a sua noiva Marina (Viktoriya Agalakova).
Embora tenha preocupação em construir uma boa história para a criatura mitológica e tenha alguns momentos interessantes, como um susto envolvendo um cobertor e uma cena dentro de um carro, A Sereia: Lago dos Mortos revela-se um terror banal. A rusalka, no fundo, funciona como um espírito qualquer que dá sustos, como nos mais batidos filmes de terror norte-americanos, na linha da Samara de O Chamado ou da personagem de A Freira. Nenhuma inovação aqui. Para piorar, é difícil se envolver com os personagens, em especial com os coadjuvantes, que parecem estar presentes apenas por estar. Apenas o mistério da lenda e do amuleto, uma escova de cabelo encontrada após a primeira aparição da sereia, não é o bastante para tornar o longa-metragem memorável, resultando em um entretenimento sem sal.
Por Gabriel Fabri
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