Joias Brutas – Crítica

Com Adam Sandler, Joias Brutas chega no Brasil direto na Netflix

Houve um tempo, na indústria cinematográfica dos Estados Unidos, em que determinados atores ficavam associados e presos a um determinado gênero. John Wayne fez quase que exclusivamente faroestes, ao passo que Vincent Price teve sua carreira permanentemente associada ao terror. Hoje em dia tais relações são muito mais flexíveis. Porém um gênero ainda permanece estigmatizando seus atores: a comédia e, sem dúvida, Adam Sandler, estrela de Joias Brutas, é o mais estigmatizado deles.

Embora já tenha trabalhado com Paul Thomas Anderson em Embriagado de Amor (2011), e com Noah Baumbach em Os Meyerowitz: Família não se Escolhe (2017), Sandler é comumente visto como um ator de segunda linha, estrela de um cinema descartável composto por comédias toscas e apelativas: os “filmes do Adam Sandler”. Porém, assim como o também comediante Jim Carrey, o ator nova-iorquino se mostra indubitavelmente hábil diante de papéis dramáticos e Joias Brutas é a maior prova disso.

O caos dá o tom, do início ao fim, no novo filme dos irmãos Josh e Benny Safdie, cuja trama gira em torno de Howard Ratner, dono de uma joalheira em Nova Iorque. Seu “método de trabalho”, porém, se desvia com distância do convencional e atropela com força da honestidade. Muito mais do que um vendedor de joias, Ratner é um apostador, entrando deliberadamente em dívidas que só poderá pagar caso suas especulações, absolutamente incertas, deem certo. Dessa forma o filme cria no espectador uma sensação de tensão frequente, com raríssimos momentos alívio, porém que se mistura, ora com euforia, graças as pequenas vitórias do protagonista; ora com desconforto, diante de sua incapacidade de conseguir alguma satisfação “saudável” em sua vida.

Tais sensações só são possíveis graças ao extremo alinhamento entre a direção e o roteiro – se o texto está narrando a realidade caótica de um homem caótico, a maneira com que os Safdie conduzem as filmagens reforça tal caos. A câmera está quase sempre acompanhando o protagonista, tanto sendo agente quanto sendo vítima de ações extremamente questionáveis. As ambientações também constroem tal clima, com ruas sempre frias e cinzas. Os interiores, por sua vez, são escuros, fechado e claustrofóbicos. A porta de segurança, que sempre dá defeito, na apertada loja de Ratner, é um exemplo prático de como o cenário pode intervir de maneira decisiva na narrativa.

O filme, porém, simplesmente não funcionária sem um bom trabalho de Adam Sandler – o fato de toda a narrativa girar em torno dele e de suas ações coloca no ator uma enorme responsabilidade. Ele, por sua vez, corresponde. Sempre encurvado, cheio de tiques e com uma expressão que reforça o comportamento sórdido do protagonista, Sandler consegue construir a figura absolutamente imoral que a obra requer.

Apesar de esnobado pelo Oscar, Adam Sandler, com Joias Brutas já saiu vitorioso, apresentando e comprovando uma habilidade absurda na arte de representar. O verdadeiro vencedor, porém, é a Netflix, que mais uma vez emplaca suas obras entre as mais comentadas do ano. Mas isso é assunto para outro texto.

Por Caio Shimizu

Confira o trailer de Joias Brutas:

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