Terremoto – Crítica
Norueguês “Terremoto” chega aos cinemas dia 12 de março
Filmes que retratam catástrofes são um prato cheio para o cinema de ação hollywoodiano, cujos estúdios possuem dinheiro para investir em muitos efeitos especiais e destruições mirabolantes. É raro chegar aqui no Brasil um exemplar europeu nesse estilo – o norueguês Terremoto, de John Andreas Andersen, é uma exceção.
O longa-metragem conta a história de um pesquisador, Kristian (Kristoffer Joner), que conseguiu salvar a família durante um terremoto. Após o episódio, entretanto, ele sofreu com o trauma de, mesmo considerado um herói, não ter conseguido salvar outras pessoas. Três anos depois, após a morte de um outro pesquisador em um túnel submerso, ele tenta retomar a pesquisa da vítima na esperança de poder evitar outro terremoto.
A primeira hora do filme se arrasta com a construção pouco empolgante da trama e dos personagens. Falta carisma a Kristian, e Joner não consegue decidir se seu personagem é um herói sério que está a um passo de prever terremotos ou um sujeito depressivo que acha que existem coisas “mais importantes do que um filho” (sim, ele verbaliza isso). Nenhuma das duas facetas do personagem convence e fica difícil se envolver com ele e suas pesquisas sobre o subterrâneo da Noruega, país bastante suscetível a abalos sísmicos.
O melhor de Terremoto é quando ele deixa de se levar a sério e se rende ao básico dos filmes catástrofes norte-americanos, com prédios caindo e pessoas presas no elevador. Nesse quesito, entretanto, a produção ainda fica aquém dos exemplares hollywoodianos.
Por Gabriel Fabri
Confira o trailer de Terremoto abaixo: