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Estranhos em Casa - Crítica - Pop with Popcorn

Estranhos em Casa – Crítica

Terror da Netflix, o francês Estranhos em Casa flerta com a corrente do Novo Extremismo Francês

Produção francesa lançada no Brasil diretamente na Netflix, o horror Estranhos em Casa, de Olivier Abbou, discute a masculinidade ao colocar os seus protagonistas em uma situação um tanto inusitada: depois de emprestar a própria casa para os seus empregados por dois meses, esses se recusam a devolvê-la.

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Estranhos em Casa discorre sobre anseios da sociedade moderna como a ineficiência da justiça e a burocratização do Estado. Nenhuma instituição serve para que o casal formado por Paul (Adama Niane) e Chloe (Stéphane Caillard) recupere sua casa. Nem a polícia, nem a justiça trazem qualquer solução para uma situação simples, embora esquisita, como a retratada no filme.

Nesse contexto, a sexualidade e masculinidade de Paul são questionadas: ele, como o homem da relação, deveria ter tomado a casa à força? Ser masculino, ou “o homem da casa”, o obriga a ser violento e vingativo? Até onde ele pode ir para fazer justiça com as próprias mãos? Inclusive, ele fez certo em aceitar de cabeça baixa a traição da esposa?

Estranhos em Casa levanta todas essas questões, colocando, inclusive, Paul cara a cara com o amante de Chloe. Essas discussões são o ponto alto do roteiro que vai, aos poucos, flertando com o Novo Extremismo Francês, corrente que, no início do século XXI, trouxe obras ousadas que discorriam sobre sexualidade e violência por meio do choque, mostrando cenas cruas de tortura, estupro e mutilações. A essa corrente, Estranhos em Casa não acrescenta muito, e o filme pode parecer um choque gratuito para a maior parte do público. De fato, embora a cena final seja interessante, o clímax todo poderia ter sido melhor trabalhado, dando mais peso para os invasores, que nessa história são, na verdade, meros coadjuvantes.

Por Gabriel Fabri

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Assista ao trailer de Estranhos em Casa abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=PpeGI7cF8gQ

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