Frozen – Uma Aventura Congelante

Por Gabriel Fabri

Pouco tempo antes de ser preso, o rapper americano T.I. lançou, em parceria com a cantora Christina Aguilera, a canção Castle Walls, cuja letra discutia a questão do isolamento. “Todos pensam que eu tenho tudo, mas é tão vazio vivendo atrás dessas paredes de castelo”, cantava Aguilera, no refrão. Em tempos em que a ostentação continua forte, e a tecnologia parece distanciar e “esfriar” as pessoas, a nova animação da Disney, Frozen – Uma Aventura Congelante, dirigida por Chris Buck e Jennifer Lee, traz novamente uma história de princesas, mas também uma aventura cujo estopim é justamente esse vazio.

Na trama, inspirada na fábula “A Rainha do Gelo”, de Hans Christian Andersen, Anna e Elsa são irmãs e princesas. Elsa possui o poder de congelar as coisas com as suas mãos, uma espécie de Rei Midas, personagem da mitologia grega, mais controlável. Um dia, brincando com a irmã mais nova, ela acaba a ferindo. Os pais, para proteger as garotas, separam-as, isolando Elsa em um quarto. Até o dia em que Elsa é coreada como Rainha e, acidentalmente, acaba revelando seus poderes para o reino e foge, deixando o local em um inverno eterno.
Frozen tem um enredo empolgante, cheio de reviravoltas, e usa recursos consagrados no gênero para agradar pais e filhos: o mascote engraçado (o boneco de neve que lembra o burro do Shrek), os números musicais, o final feliz, o uso do humor e as mensagens de amor. Cumpre o script das animações de sucesso sem se tornar muito infantil ou tampouco massante, embora caia em situações previsíveis uma vez ou outra.
O drama do início do filme, com a questão das irmãs isoladas, toca o espectador logo no começo da projeção, e já dá uma sustentação para as personagens que vai além dos laços de família, dando uma complexidade maior para a jornada da heroína. Além disso, Frozen escapa do maniqueísmo bem versus mal, heroi e vilão: apesar da antipatia contra – reflitam – o capitalista, que teme por seus negócios, o filme não cria um vilão propriamente dito, que ocupe o centro da narrativa. O final até revela um, mas essa questão fica em segundo plano. O longa todo se sustenta na relação entre as irmãs. Vale ressaltar a negação de alguns clichês, em especial o do amor à primeira vista e o de que a princesa precise ser salva por um príncipe encantado. Talvez por ser a primeira vez que uma mulher, Jennifer Lee, assuma a co-direção de uma animação da Disney. 
Frozen – Uma Aventura Congelante não é uma animação inovadora, mas é uma excelente aventura. Pensando o castelo como metáfora do ser humano, o filme critica, em vários detalhes, a frieza das pessoas, as portas fechadas para o mundo exterior. O frio não é desculpa para a falta de alteridade. Então, quem sabe, o longa não derreta alguns corações de gelo?

Não deixe de ouvir ‘Let It Go’, a música de Demi Lovato para o filme, indicada ao Globo de Ouro de ‘Melhor Canção’: 

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3 comentários em “Frozen – Uma Aventura Congelante

  • 5 de janeiro de 2014 a 20:45
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    Adorei o comentário, Gabriel. Fiquei com vontade de assistir.

  • 5 de janeiro de 2014 a 20:45
    Permalink

    Gabriel, adorei a crítica..fiquei com vontade de assistir!!

Comentários estão encerrados.

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