A Barraca do Beijo – Crítica
Dois amigos inseparáveis resolvem montar uma barraca do beijo para arrecadar fundos para a formatura. Os dois não são nada populares no colégio, porém. Elle (Joey King) é uma garota comum que sonha em ser uma das OMG, as garotas populares da escola. Lee (Joel Courtney), seu melhor amigo, vive à sombra do irmão Noah (Jaob Elordi), por sinal o cara mais pegador do colégio. Essa é a premissa de A Barraca do Beijo, produção dirigida por Vince Marcello que estreia diretamente na plataforma Netflix.
O longa-metragem entretém principalmente pelo carisma da protagonista. Joey King consegue imprimir as inseguranças, os desejos e conflitos de uma garota que, apesar de muito bonita, não se sente segura dentro do ambiente escolar, por não fazer parte do grupo dos dominantes. O conflito principal não é nem o fato de que ela nunca foi beijada, mas sim pois ela gosta do irmão de seu amigo. Lee, entretanto, é um garoto ainda mais inseguro, e os dois têm uma regra muito específica de não namorar parentes. Claro que isso vai dar errado.
Trabalhando temas caros à adolescência, como a comparação com o outro, a lealdade entre amigos e a divisão entre losers e populares, A Barraca do Beijo entretém, mas não consegue se firmar além disso, resultando em uma comédia romântica leve, mas esquecível. Não tem a genialidade de um Quase 18 e nem a ousadia de um Confissões de uma Adolescente, para citar dois filmes recentes do gênero que superaram barreiras e expectativas. Tampouco trás algo memorável como a franquia A Escolha Perfeita. O problema talvez seja focar demais no romance e no conflito com o amigo do que explorar as confusões que uma barraca do beijo poderia desencadear nos estudantes.
Por Gabriel Fabri
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