Uma Segunda Chance Para Amar – Crítica
Com músicas de George Michael e Emilia Clarke no elenco, Uma Segunda Chance Para Amar é uma opção de comédia romântica para o natal
Um romance natalino inspirado em músicas de George Michael – em especial a canção Last Christmas, que dá o nome original a Uma Segunda Chance Para Amar – tinha tudo para dar certo. Acrescente o talento de Emilia Clarke, da série Game of Thrones, e do diretor Paul Feig, de Um Pequeno Favor, para colocar lá no alto as expectativas do público. Entretanto, o longa-metragem fica aquém de seu potencial.
Na trama, Kate (Emilia Clarke) é uma imigrante do leste europeu que luta para se estabelecer em Londres, trabalhando em uma loja de artigos natalinos, enquanto sonha em ser cantora. Pouco antes do natal, ela conhece o calmo Tom (Henry Golding), um homem um tanto misterioso, mas compreensível com a garota.
O longa-metragem cativa com o carisma de Emilia Clarke. Como ponto alto, tem as cenas de romance de Santa (Michelle Yeoh) com um cliente que aparece de repente na loja, uma paródia daqueles romances à primeira vista das comédias românticas; a tentativa de transformar o filme em algo maior que um romance; e a conotação política e social óbvia de defender estrangeiros e imigrantes, no contexto de uma Europa xenófoba e, especificamente, na Inglaterra do brexit.
Entretanto, Uma Segunda Chance Para Amar peca na construção idealizada, e, ao mesmo tempo, sem graça, do personagem Tom. Ainda, força uma reviravolta para emocionar o público, que soa piegas demais. Por fim, deixa as músicas de George Michael em segundo plano, não aproveitando bem a trilha sonora para criar momentos mais especiais, coisa que o filme certamente merecia.
Por Gabriel Fabri
Assista ao trailer de Uma Segunda Chance Para Amar abaixo: