Pieces of a Woman
Pieces of a Woman, da Netflix, é um dos filmes mais potentes na temporada do Oscar 2021. Com Vanessa Kirby e Shia Labeouf
Indicado ao Oscar de Melhor Atriz para Vanessa Kirby, o longa-metragem Pieces of a Woman é um dos filmes mais potentes na temporada do Oscar 2021. Dirigido pelo húngaro Kornél Mundruczó (White God, Lua de Júpiter) e co-estrelado por Shia Labeouf, a produção original Netflix discute o senso de justiça no caso de um bebê que morreu no parto e como manter-se inteiro depois de uma tragédia despedaçá-lo.
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Vanessa Kirby é Martha e ela decidiu ter um parto normal em sua casa. A parteira escolhida, entretanto, enviou uma substituta. O parto parece ocorrer normalmente, mas termina em tragédia. Até aí, o letreiro com o nome Pieces of a Woman ainda não havia aparecido: ele chega como um choque, muito depois do começo do filme, e marca o momento em que a protagonista Martha é, como o nome do longa-metragem sugere, despedaçada.
Mas como recuperar os pedaços após essa perda? Como lidar com a dor, com o luto, a expectativa frustrada e o tóxico sentimento de culpa envolvido nesse episódio? Pieces of a Woman é duro ao responder essas perguntas. É lento, delicado, e soa por vezes cru: não há um momento de respiro para aliviar a tensão. Como um bom melodrama, o clímax marca o momento da personagem de acting out, colocar para fora as suas dores acumuladas. É emocionante, e também o ponto que mais levanta questões morais do filme, a respeito de quem culpar pela morte da recém-nascida.
Uma pena que Pieces of a Woman não tenha chegado com tanta força na temporada de premiações. É um filme duro, triste, e melancólico. Ao mesmo tempo, é um exemplo de força na jornada de uma mulher tentado colar os seus cacos de volta.
Por Gabriel Fabri
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