Dicas Netflix: 5 filmes para um tempo de crise política

O Brasil passa por um momento intenso de crise política e o cinema pode ajudar a problematizar algumas situações que são retratadas diariamente nos noticiários. Separamos aqui alguns bons filmes disponíveis no Netflix que de alguma forma dialogam com a situação política atual, indo além das comparações óbvias que todo mundo faz (com razão) à série House of Cards.

É claro que a lista não se esgota em si só, e há muitos exemplos de filmes essenciais para o momento não contemplados aqui. Ao final da lista, falo especialmente de um deles, o documentário O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado, disponível no Net Now. Por que discutir jornalismo neste momento é também discutir política – por isso há dois outros bons exemplos de filmes sobre o ofício na nossa lista.

Confira a seguir:

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A Conversação (1974) – Dir.: Francis Ford Coppola

Um detetive profissional grava uma conversa entre um homem e uma mulher em uma praça e, ao ouvir o áudio, começa a suspeitar de que o seu cliente planeja assassinar o casal. Em um momento em que a discussão sobre os grampos telefônicos incendiou a conjuntura política, A Conversação é uma obra essencial. Além de abordar o tema da espionagem e da falta de privacidade, o longa-metragem vai além, tendo como ponto central a questão da subjetividade. O quanto do que o personagem interpretado por Gene Hackman está ouvindo é criação da sua cabeça? O quanto é real e o quanto é suposição / interpretação dele? O quanto ele está ouvindo o que ele quer ouvir? Uma gravação ou uma interpretação torta dela pode incendiar um país, como os acontecimentos recentes mostraram.

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Chatô – O Rei do Brasil (2015) – Dir.: Guilherme Fontes

Baseado na biografia de mesmo nome escrita por Fernando Morais, o polêmico filme de estreia de Guilherme Fontes, que passou 20 anos em produção, conta a história de Assis Chateaubriand (Marco Ricca, em brilhante atuação), o magnata da imprensa brasileira dono dos Diários Associados, na época a maior cadeia de imprensa nacional. O longa-metragem mostra sucintamente a relação entre a imprensa e o poder, sendo um ótimo exemplo para discutir a influência dos meios de comunicação de massa na política e o mito do jornalismo “apartidário”. Vale também para conhecer um pouco mais da história do Brasil.

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Rede de Intrigas (1976) – Dir.: Sidney Lumet

Diante do aviso de sua demissão, um âncora de um telejornal anuncia em rede nacional que irá se suicidar ao vivo dali a uma semana. O longa-metragem aborda um pouco da perversidade da busca de audiência da mídia, retratando como um telejornal pode se tornar cínico e sensacionalista e também o poder dos meios de comunicação de massa e das corporações que os controlam. Mas o pano de fundo, os Estados Unidos em crise econômica e moral, também diz muito sobre o momento atual: é um ambiente propício para o surgimento de novos heróis, ou no caso do filme, falsos “profetas”. A cena em que o âncora convoca todos a expressarem a sua insatisfação em suas janelas é icônica e lembra os panelaços raivosos contra o governo. Aqui, eles gritam: “Eu estou muito bravo e não vou aguentar mais isso!”. Vai ser difícil não concordar com essa afirmação do personagem principal: “A televisão não é a verdade, é um maldito parque de diversões”. O final é de arrepiar. O longa-metragem ganhou 4 Oscars, incluindo Melhor Ator para Peter Finch, que faleceu antes de receber o prêmio.

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A Onda (2008) – Dir.: Dennis Gansel

Para explicar para os alunos que uma ditadura ainda poderia acontecer na Alemanha, após a II Guerra, um professor decide reproduzir em sala de aula características do fascismo. Eles formam, por uma semana, o grupo “A Onda” – o problema é que o “experimento” vai longe demais. O longa-metragem é um soco no estômago e mostra como se pode ser facilmente seduzido por modelos autoritários de comportamento e sociedade. Senso de superioridade de um grupo, com agressões e restrições a quem não o integra ou não usa a sua cor de camiseta, lembra algum episódio recente?

 

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Disponível no Net Now: O Mercado de Notícias (2014) – Dir.: Jorge Furtado

Nesse documentário, Furtado expõe os princípios básicos do jornalismo, enquanto discute, por meio de depoimentos e da encenação de uma peça do dramaturgo inglês Ben Johnson, o jornalismo brasileiro e a sua relação com a política e com a democracia. Na ocasião do lançamento do filme, o blogueiro entrevistou o diretor para a Revista Fórum semanal, matéria em que o cineasta aprofundou esses temas.  A entrevista pode ser lida clicando aqui.

| Gabriel Fabri

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