Trapaça

Por Gabriel Fabri

Se o Oscar do ano passado foi memorável, certamente não foi pela disputa entre dois duvidosos filmes políticos na categoria principal. A consolidação de Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) no hall das grandes atrizes de Hollywood, pela sua atuação em O Lado Bom da Vida, foi o melhor – talvez o único – destaque da noite. Com oito indicações, o longa trouxe também mais prestígio a David O. Russell, que dirigiu um elenco de peso e garantiu sua segunda nomeação na categoria de Melhor Diretor. Agora, ele repete o feito com Trapaça, obra que divide com Gravidade, de Afonso Cuarón, o posto de líder de indicações na cerimônia de 2014. Novamente, a direção dos atores e seus respectivos trabalhos se destacam nessa charmosa e instigante comédia.

Ambientado na década de 1970, Trapaça conta a história de dois charlatões, o casal Irving (Christian Bale) e Sydney (Amy Adams), que vivem dando golpes com empréstimos e vendendo obras de arte, ora falsas, ora roubadas. O sucesso da dupla pode vir por água abaixo quando o agente do FBI, Richie (Bradley Cooper), obriga os dois a o ajudarem a alavancar sua carreira e dar um sentido a sua vida medíocre: usar as habilidades dos dois criminosos para pegar grandes figurões da sociedade americana, começando pelo prefeito de Nova Jersey.  Assim, o casal se livra da cadeia e o agente salva o mundo (e consegue o prestígio que almeja em sua profissão).
Nesse filme, O. Russell repete os feitos da sua obra anterior: a excelência na direção de atores e a facilidade em construir diálogos envolventes e personagens bastante complexos. Amy Adams brilha atuando não só para as câmeras, mas para o personagem de Cooper e para os alvos das investigações, tudo ao mesmo tempo e convencendo em todos os momentos. Nem o seu sensual e insistente decote consegue desviar a atenção que sua atuação conquista. Também não rouba a cena de Bale ou de Cooper, ambos excelentes em seus papéis, pois o afiado roteiro garante para cada um seus momentos de brilho e uma construção digna de ter todos esses atores concorrendo nesse ano. E, claro, não podemos esquecer de Lawrence: no papel de esposa de Irving, ela interpreta novamente uma personagem desequilibrada, com muita expressividade, e garante a veia cômica do filme.
David O. Russell se consolida como um grande diretor de atores, com cada personagem dando um show à parte. Essa é a principal qualidade de Trapaça, mas que, de fato, faz parte de um conjunto maior que funciona muito bem, resultando numa divertida e glamourosa comédia. Mantém um leve clima de suspense em toda projeção, menos pela expectativa do plano dar certo e o perigo iminente envolvido nesses jogos de poder, e mais pelo o triângulo amoroso no qual não sabemos exatamente as verdadeiras intenções dos personagens, sempre em conflito. A trilha sonora, que inclui canções de Frank Sinatra, Bee Gees e Donna Summer, não poderia deixar de ser mencionada, pois contribui para o clima glamouroso do longa. 

E, ao contrário dos outros dois filmes de cunho político que disputaram ano passado, Trapaça não se preocupa em construir heróis ou vilões, pois na política é sempre preciso fazer escolhas – mas, e quando todas as suas alternativas são, de alguma maneira, erradas? Um filme onde todos manipulam a todos e que não está nem um pouco preocupado em dizer até onde isso é certo ou errado. E assim, mostra-se inteligente o bastante para não cair no maniqueísmo ou no moralismo.

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