Minions
Por Gabriel Fabri
O sucesso estrondoso de Meu Malvado Favorito e de sua divertida continuação podem ser creditados quase inteiramente aos coadjuvantes das histórias, os minions, que acabaram por, merecidamente, conquistar as mentes e os corações do público com as suas trapalhadas e – é claro – a fofura dos monstrengos amarelinhos. Como aconteceu com os pinguins de Madagascar, era inevitável que eles fossem promovidos a protagonistas em um filme derivado. Dirigido por Kyle Balda e Pierre Coffin, Minions vale apenas pela simpatia das criaturas.
A narrativa conta a trajetória dos minions antes de encontrar o seu chefe ideal, o Gru. Eles tentaram servir dinossauros, homens das cavernas e até o conde Drácula – mas, com suas trapalhadas, mataram a todos. Depressivos e sem propósito na vida, ficaram isolados no gelo, até que um trio de corajosos minions – Kevin, Bob e Stuart – resolveu tomar a iniciativa de buscar um novo vilão para servir. É nesse contexto que eles descobrem a lendária Scarlett Overkill, que lhes incube da missão de roubar a coroa da rainha da Inglaterra.
Se Meu Malvado Favorito se mostrou um filme criativo, não só pela criação dos minions, mas por colocar personagens malvados como bonzinhos, Minions, infelizmente, peca pela falta de criatividade. O novo longa-metragem não agrega nada muito de novo à franquia e diverte o público apenas com a repetição do que já estava consagrado – as trapalhadas e as fofuras dos monstrinhos, sem uma história consistente e envolvente por trás.
Com alguns momentos realmente engraçados, Minions é uma aventura divertida, sim, mas fica aquém dos filmes anteriores da série. Talvez se a vilã fosse um pouquinho menos caricatural (ou menos irritante), o resultado poderia ter sido mais interessante. Faltou história, embora, diante de Kevin, Bob e Stuart, é provável que pouca gente se preocupe com isso.