A Pele de Venus

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Após adaptar a peça Deus da Carnificina, da francesa Yasmina Reza, no filme de mesmo nome estrelado por Kate Winslet e Jodie Foster, o cineasta polonês Roman Polanski, responsável por clássicos como O Bebê de Rosemary e Chinatown, continua debruçado no universo teatral em A Pele de Venus, o seu mais novo longa-metragem. Agora, o diretor explora os bastidores de uma audição de uma peça, inspirada no conto de 1870 Venus in Furs, de Leopold von Sacher-Masoch.

Após um dia fracassado de testes para encontrar uma protagonista para o seu espetáculo, o diretor teatral Thomas (Mathieu Amalric) recebe uma visita inesperada de Vanda (Emmanuelle Seigner, esposa de Polanski), uma atriz atrasada para os testes. Apesar de se irritar com a persistência da mulher, ele a permite fazer a audição. Quando ela começa a sua atuação, ele se surpreende com o seu desempenho, e os dois, entre as mais diversas discussões sobre o texto e sobre as motivações de Thomas, fazem uma leitura da obra de Sacher-Masoch. Uma curiosidade: o sobrenome deste autor, por conta do conteúdo sexual de Venus in Furs, inspirou a palavra “masoquismo”.
Repetindo o feito de Deus da Carnificina, em que uma simples sala de estar virou palco para as mais interessantes discussões, Polanski constrói uma história envolvente em cima da obra de Sacher-Masoch, ao colocar os únicos dois atores do filme para discutí-la e encená-la. Como se pode esperar, os personagens do filme e do livro se misturam. No fim das contas, o roteiro transcende o conto do autor ao abordar temas como a arte e o feminismo.
As diversas atuações de Emmanuelle Seigner impressionam, uma vez que sua personagem vai revelando muitas facetas ao longo da projeção. Embora às vezes a atriz pareça estar acima do tom, um tanto exagerada, isso acaba colaborando com o caráter onírico de sua personagem, que pode até não ser real. Afinal, ela tem o mesmo nome da protagonista, sabe todas as falas, sabe tanto sobre Thomas, que uma das leituras possíveis é a de que ela, na verdade, está na cabeça do protagonista.
Mas essa é apenas uma leitura de tantas que A Pele de Venus traz, um filme complexo, que exige uma reflexão mais apurada sobre o que é apresentado. O que deve provocar mais discussões é a grande sacada do filme, que inverte os papéis do homem e da mulher, como descritos por Sacher-Masoch, abrindo o leque de interpretações para o longa-metragem. Alguns poderão identificar uma atitude feminista do diretor, ao aparentemente endossar a tese de Vanda de que a história de Sacher-Masoch é machista e sexista. Por outro lado, o que Polanski parece estar fazendo aqui, e que é endossado pelo discurso de Thomas, é uma crítica a essas leituras sociais dos filmes. Ao colocar o homem como o submisso da história, o diretor surpreende. E ao mesmo tempo em que mostra que no conto de Sacher-Masoch, que representa uma espécie de fetiche de Thomas, a mulher no fim das contas era vista como dependente ou submissa do homem, ao inverter os papéis, o diretor mostra não ver problema algum com isso. Na vida real, essas relações de dominação/submissão, tiradas do contexto do sadomasoquismo em que isso é um fetiche, são ridículas. Mas um filme é só um filme e não existem regras para as narrativas, ou pelo menos, não deveriam existir.
Em suma, Polanski entrega uma narrativa em que o homem é fraco, submisso, dependente, diante de uma mulher determinada, manipuladora e misteriosa. É uma total e positiva inversão de papéis, de fato. O mais curioso de pensar em A Pele de Vênus é que: qual o problema de se ter um personagem homem com essas características? Nenhum. Logo, porque o contrário seria um problema também? Mais do que uma problematização política, A Pele de Vênus aparece mais como uma defesa da arte e da liberdade artística, frente ao politicamente correto em voga hoje, do que um tentativa de “moralizar” uma obra do século XIX, apontando os seus “…ismos”.
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