Verão de 84 – Crítica
“Verão de 84” bebe da nostalgia dos anos 1980, mas resultado é insatisfatório
Na esteira de sucessos como It – A Coisa e a série Stranger Things, a nostalgia em ser criança nos anos 1980 inspirou também a aventura Verão de 84. Dirigido a seis mãos, por François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell, o longa-metragem, uma co-produção EUA e Canadá, instiga, mas não surpreende.
Um grupo de pré-adolescentes de férias decide deixar as revistas pornográficas (um pouco) de lado para tentar, eles mesmos, descobrir a identidade do serial killer de crianças que foi responsável pelo sumiço de vários jovens da idade deles. O principal suspeito é um vizinho de Davey (Graham Verchere), o policial Mackey (Rich Sommer), que possui em seu porão uma porta trancada.
Sem trazer nada de novo, Verão de 84 limita-se a trabalhar a suspeita sobre Mackey de maneira que o espectador acredite o tempo todo no protagonista de que o vizinho, se não for o assassino, é, no mínimo, muito suspeito. Uma das primeiras frases do personagem Mackey já acende o farol vermelho contra o policial.
No fim, o público se envolve tanto na certeza de que Mackey é o assassino que o roteiro se coloca em uma sinuca: ou segue o óbvio e confirma a suspeita ou força uma reviravolta trabalhando, por exemplo, o estranho interesse repentino de Nikki (Tiera Skovbye), a vizinha pela qual Davey está apaixonado, no dia-a-dia do garoto. Nenhuma das opções soa bem para o longa-metragem, que termina como um entretenimento nostálgico para alguns, mas certamente passageiro.
Por Gabriel Fabri
Confira o trailer de Verão de 84 abaixo: