Predadores Assassinos – Crítica
Terror tem Kaya Scodelario enfrentando jacarés
De criaturas marítimas atacando mulheres bonitas, o diretor Alexandre Aja entende bem. Ele é o responsável por Piranha 3D, refilmagem do clássico de 1978 e que explorou a tecnologia em terceira dimensão quando esta voltou a ser novidade nos cinemas. Com outros terrores no currículo, como Viagem Maldita e Amaldiçoado, o diretor agora ataca com Predadores Assassinos (Crawl). Embora o nome e a premissa sugiram mais um horror descartável, o longa-metragem surpreende com a sua atmosfera claustrofóbica e cheia de tensão, que não dá descanso para os protagonistas.
No filme, a nadadora Hayle (Kaya Scodelario) vai em direção a um furacão para verificar se o pai, Dave (Barry Pepper), ainda estava na cidade, que fora evacuada. Hayle o encontra desacordado no porão de sua casa, mas não consegue sair de lá com ele: o local, alagado, fora invadido por jacarés. Por conta da tempestade, os dois precisam sair de lá o mais rápido, antes que morram afogados (ou a casa seja engolida pelo furacão).
Apostando na claustrofobia, o longa-metragem consegue prender a atenção do espectador, sem soar repetitivo (um risco que o filme ambientado em um porão alagado com jacarés poderia facilmente correr). Se a premissa é absurda, o longa-metragem não perde tempo para, a cada dificuldade vencida, aumentar ainda mais o nível de desafio para os personagens.
Embora Predadores Assassinos tenha alguns furos no caminho, o terror adquire um nível de excelência na tensão muito raro em exemplares do gênero. O bom humor do personagem Dave e a presença do cachorrinho fofo Sugar também são dois elementos que funcionam, complementando bem a euforia com pequenos respiros.
Por Gabriel Fabri
Confira o trailer de Predadores Assassinos: