Sanguessugas – Uma Comédia Marxista sobre Vampiros (45ª Mostra)
Com humor político, Sanguessugas – Uma Comédia Marxista sobre Vampiros é exibido na 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e é inspirado em Karl Marx.
Sanguessugas – Uma Comédia Marxista sobre Vampiros tinha potencial para ser um dos grandes filmes desta 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Inspirada em Karl Marx, a produção alemã, exibida na seção Encontros do Festival de Berlim e no Festival de Roterdã, entretanto, decepciona.
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A premissa é inusitada: em O Capital, o filósofo Karl Marx comparou os capitalistas com vampiros, uma vez que os patrões “sugam” os seus empregados em busca de lucro, proveniente do trabalho deles. E se isso não fosse metáfora, e sim a realidade?
Sanguessugas – Uma Comédia Marxista sobre Vampiros acompanha um refugiado da União Soviética, um ator frustrado por ter interpretado Trotsky em um filme de Sergei Eisenstein, o mestre de Outubro e O Encouraçado Potemkin. Ele pede refúgio na casa de uma aristocrata, que topa financiar um filme seu, para ele tentar a sorte em Hollywood. A nobre, entretanto, pode ser um vampiro, e possui um criado apaixonado por ela.
O longa-metragem se perde em meio às tentativas de ser conceitual demais. O humor é sutil, mas raro, e o público deve sentir falta do que o subtítulo promete: um humor político e a comédia vampiresca. Há alguns aspectos interessantes, como a quebra da ilusão cinematográfica com elementos modernos em uma história de época (como o tênis All Star de Maria Antonieta, no filme de Sofia Coppola). Mas a experiência em Sanguessugas – Uma Comédia Marxista sobre Vampiros não é nem provocadora nem engraçada o suficiente para ser memorável.
Por Gabriel Fabri (@_gabrielfabri)
Jornalista, especializou-se em Cinema, Vídeo e TV pelo Centro Universitário Belas Artes. Colaborou com Revista Preview, Revista Fórum e Em Cartaz. É autor de Fora do Comum – Os Melhores Filmes Estranhos e O Pato – Uma Distopia à Brasileira.
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