O Tigre Branco

Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, O Tigre Branco é aposta da Netflix de olho no cinema indiano

Filme ambientado na Índia, O Tigre Branco está indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e é mais um trunfo da Netflix para marcar posição na temporada de premiações. Surgindo em meio ao interesse de Hollywood em dar mais espaço a obras realizadas por artistas não brancos, o longa merece a indicação principalmente porque merece ser visto. 

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Baseado no livro homônimo de Aravind Adiga, o longa desconstrói o conto de fadas que Danny Boyle apresentou ao mundo em Quem Quer Ser um Milionário, em 2008 (vencedor do Oscar de Melhor Filme). Aqui, como diz o próprio protagonista, Balram Halwai, não há um jogo de perguntas e respostas para escapar da realidade imposta pelas desigualdades da sociedade indiana. Se lá, o caminho para a salvação era trilhado na estrada das virtudes, aqui a astúcia fria é o que determina a sobrevivência. 

Mas afinal, sobre o que é O Tigre Branco? É a história de um jovem que sai de um pobre vilarejo da Índia para trabalhar na casa de uma rica família, como motorista do filho mais jovem dos abastados. Conforme Balram vai convivendo com aquelas pessoas, ele vai conhecendo o universo delas. Enquanto os mais velhos são tradicionais e ligados às rígidas tradições de castas, o mais jovem, recém-chegado dos Estados Unidos, vislumbra uma Índia modernizada. Porém, nenhum deles têm algum pudor em usar da corrupção para manter a condição privilegiada. 

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Balram, por sua vez, vai descobrindo o quão preso está a sua condição de jovem pobre, de uma “casta inferior”, e, acima de tudo, o quão fragilizante é ficar em tal condição. Ao mesmo tempo, ele se vê pressionado pela sua própria família, e extremamente tradicional. Ele logo começa a traçar estratégias para escapar de todas essas prisões. Porém, como fazer isso em uma sociedade tão rigorosa na manutenção das desigualdades, onde os muros das diferenças de classe são reforçados pelas diferenças de castas?

Refletindo a absoluta ausência de escrúpulos de seus patrões e sem poder se dar ao luxo de ser virtuoso, ele passa a traçar suas estratégias almejando a sua libertação. Porém se libertar do quê, exatamente? Ora, são os valores de uma Índia tradicional que permite que seus patrões o tratem como lixo, assim como são os valores de uma Índia tradicional de onde vêm as pressões de sua própria família para suprimir seus planos de ascensão. 

Dessa forma, sua libertação depende destruição de uma Índia tradicional e arcaica, e ele, simbolicamente, a destrói por meio de um ato extremo. O que, simbolicamente, vem no lugar é, não apenas uma Índia, mas uma Ásia que cansou de ser colônia, de ser quintal de algum império europeu, para ser protagonista no mundo. 

Como já ficou claro, nosso protagonista é rigorosamente um anti-herói, dissimulado, frio e, até mesmo, impiedoso; nós, espectadores, estamos sempre ao seu lado. Tal fato é mérito da direção e do roteiro de Ramin Bahrani e do ator Adarsh Gourav. A direção, em conjunto com o roteiro, sabe valorizar todas as violências que o personagem sofre, legitimando seus planos agressivos de libertação. Já Adarsh Gourav, consegue fazer com naturalidades as emoções reprimidas de alguém encharcado de ódio, mas que precisa sorrir para sobreviver. 

Já dentre os elementos técnicos, um deles é importantíssimo para a narrativa, mas foi ignorado pela Academia: a Direção de Arte. Ela tem papel importantíssimo em ressaltar as diferenças de realidade entre os pobres e os ricos, porém o fazendo de maneira natural, equilibrada com o realismo que o filme pede. 

Ainda assim, a presença d’O Tigre Branco na premiação é, sem dúvida alguma, um sinal dos tempos. Além de ser um filme praticamente ausente de pessoas brancas, trata-se de uma produção da Netflix. Ora, se há dois anos atrás achávamos interessante que o streaming colocasse 2 ou 3 filmes entre os indicados, ela aparece com 14 obras, espalhadas por 35 indicações, isso sem contar as concorrentes Amazon Studios, Apple e Hulu, que também marcam presença. Dessa forma, diferentemente do animal raro que dá nome ao filme, longas como Tigre Branco vieram pra ficar. 

Por Caio Shimizu 

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Assista ao trailer de O Tigre Branco abaixo:

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