À Espreita do Mal
Terror da Netflix, À Espreita do Mal subverte o filme de invasão e surpreende
Poucas coisas são tão assustadoras como ter um intruso em sua casa. Filmes de invasão, de O Quarto do Pânico ao primeiro Uma Noite de Um Crime, são uma potência em causar tensão no público por lidar com um mal humano, em um ambiente no qual nos sentimos mais seguros, supostamente estamos protegidos da criminalidade. Uma pequena pérola de 2019 que ganha distribuição no Brasil pela Netflix, o terror À Espreita do Mal surpreende o espectador e subverte esse tipo de narrativa.
Na trama, um garoto em sua bicicleta desaparece, após supostamente ser atingido por uma força sobrenatural. Corta para a casa de um dos policiais responsáveis pela investigação, Greg (Jon Tenney), que talvez esteja conectada com um antigo caso de um pedófilo que encontra-se encarcerado. Na residência do oficial, uma presença sobrenatural, ou talvez uma invasora, parece atormentar o psicológico da família, que já não anda bem após ser revelado que a matriarca, Jackie (Helen Hunt), tem um caso extraconjugal.
À Espreita do Mal, por um momento, oscila entre o horror de se ter um estranho em casa ou uma assombração. O roteiro constrói a história e, a cada peça deslocada, deixa o público mais atordoado com essa presença incomum dentro da casa, e a dúvida de que se há alguma conexão entre ela e o sumiço do garoto na floresta.
Mas o filme toma um caminho surpreendente na segunda metade de À Espreita do Mal, mudando o ponto de vista da história. Em um primeiro momento, parece que o roteiro deseja ir apenas explicando as coisas, mas o simples fato de saber o que havia fora de lugar na casa não esclarece tudo – aos poucos, porém, as verdades vão sendo reveladas.
À Espreita do Mal consegue manter o espectador tenso e vidrado na história, ao, não apenas mudar o seu ponto de vista, mas também subverter algumas convenções de filmes de invasão. Uma boa surpresa, com um roteiro muito bem amarrado.
Por Gabriel Fabri
Confira o trailer de À Espreita do Mal abaixo:
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